Indústria 4.0: tome decisões baseadas em dados imediatamente

Análise de dados ou gerenciamento de informações

Podemos dizer que os dados são a matéria-prima da informação. É um termo que se refere a eventos, transações e afins que, embora “armazenados”, não passaram pelo processamento necessário para se tornarem informações. 

A informação, por outro lado, consiste em dados que já foram processados de forma que façam sentido e possam ser compreendidos pelo seu destinatário. 

Dentro desse contexto, outro conceito, o big data, papel fundamental, pois é responsável por armazenar, organizar e disponibilizar grandes volumes de dados, facilitando assim o acesso a eles e, consequentemente, possibilitando o seu processamento para aquisição de informações. 

E se um mundo ciberfísico “alimentado por dados” reduzisse as decisões de produção e fabricação ao tempo necessário para ajustar a temperatura de um termostato? 

Isso apenas começa a descrever a Indústria 4.0. De acordo com um artigo recente da McKinsey, a Indústria 4.0 “espera gerar entre US$ 1,2 e US$ 3,7 trilhões em valor”. Enquanto isso, de acordo com Riasat Noor, redator do MIT Climate, as capacidades técnicas “dobram a cada 18 meses”, onde “o nível atual de digitalização já é de 54%”.

A Indústria 4.0, um modelo de negócios revolucionário que impulsiona a distribuição e produção descentralizada com dados, promete grandes expectativas para as empresas. Esse modelo promissor combina tecnologias líderes e emergentes em cada processo de negócios, desde a concepção do produto até o item físico ou serviço que chega ao cliente.

Compreender as complexidades da Indústria 4.0 pode ser complicado para muitos líderes de empresas. Quase 70% das empresas americanas iniciaram protótipos da Indústria 4.0 lutando para ganhar força e “menos de 30% das empresas de manufatura estão implementando ativamente a Indústria 4.0 em escala”. Este artigo esclarecerá a Indústria 4.0 explicando por que ela é – e continuará sendo – uma grande transformação.

Indústria 4.0: uma mudança na mentalidade empresarial

Por que falar sobre Indústria 4.0 em vez de avanços em Tecnologia da Informação, Indústria 3.0?

Cada revolução industrial, com resultados mais rápidos e eficientes, muda muito a forma como as pessoas pensam e fazem negócios. As empresas estão experimentando esse tipo de mudança radical hoje, como mostra a Germany Trade & Invest (GTAI), a agência de desenvolvimento econômico da República Federal da Alemanha.

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Creditos: GTAI

Primeira Revolução Industrial, ou Indústria 1.0 ocorreu com motores movidos a vapor e água. As fábricas foram abertas, transformando a manufatura que era feita na propriedade rural ou na fazenda. 

Durante a Indústria 2.0, a eletricidade levou ao surgimento de bens produzidos em massa e novos dispositivos, como o telefone e o automóvel. 

A Indústria 3.0 capturou o uso da tecnologia da informação. Processos inteiros podem ser automatizados. O computador pessoal permitiu que as pessoas levassem trabalho para casa. Os avanços nas tecnologias biológicas significaram que as pessoas viveram mais. O comércio eletrônico e a Amazon.comdemonstraram uma cadeia de suprimentos mais eficiente, entregando mercadorias a um custo menor.

Os dados impulsionam esta Quarta Revolução Industrial

A Indústria 4.0, também conhecida como IIoT ou “fábricas inteligentes”, descreve as respostas coletivas do mercado à enorme quantidade de dados gerados muito rapidamente. O governo alemão cunhou a Indústria 4.0 em 2003 (Porém, em 2011 o tema for tornado público), como parte de uma nova política industrial em resposta a práticas de fabricação descentralizadas, autônomas e em tempo real. Bernard Marr, da Forbes, descreve isso como redes de computadores interconectadas que aprendem, tomam decisões e se comunicam sem a necessidade do tipo de intervenção humana exigida pela fabricação no passado. Os dados alimentaram e continuarão alimentando essa mais nova transformação, impulsionando decisões humanas e de máquinas.

A Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é caracterizada pelo uso intensivo de tecnologias digitais e pela conectividade em rede, que permite a automação avançada, a coleta e análise de dados em tempo real e a tomada de decisões baseada em insights obtidos a partir desses dados. Nesse sentido, os dados são um dos principais motores dessa revolução industrial.

Os dados impulsionam a Quarta Revolução Industrial de várias maneirasEm primeiro lugar, a coleta e análise de dados em tempo real permitem que as empresas monitorem e controlem seus processos de produção, otimizando a eficiência e reduzindo custos.

Por exemplo, sensores instalados em máquinas podem monitorar o desempenho em tempo real e enviar alertas para manutenção preventiva antes que ocorram falhas críticas.

Em segundo lugar, os dados permitem que as empresas criem produtos e serviços personalizados e sob medida para seus clientes. Com a análise de dados de consumo e comportamento, as empresas podem identificar as necessidades e preferências individuais de cada cliente e, assim, personalizar a oferta de produtos e serviços, aumentando a satisfação do cliente e a fidelidade à marca.

Em terceiro lugar, os dados permitem a integração de toda a cadeia de valor, desde os fornecedores até os clientes. Com isso, é possível otimizar a logística, reduzir os prazos de entrega e melhorar a qualidade dos produtos e serviços. Além disso, a análise de dados ao longo da cadeia de valor pode fornecer informações valiosas para a tomada de decisões estratégicas.

Por fim, os dados também são a base para a criação de novos modelos de negócios baseados em plataformas digitais e na economia do compartilhamento. Por meio da análise de dados, é possível identificar oportunidades de mercado, conectar fornecedores e clientes e criar novos modelos de negócios que gerem valor para todos os envolvidos.

Em resumo…

…” os dados são um dos principais motores da Quarta Revolução Industrial, permitindo a automação avançada, a personalização de produtos e serviços, a integração da cadeia de valor e a criação de novos modelos de negócios baseados em plataformas digitais e na economia do compartilhamento”.

Como os dados alimentam a indústria 4.0

As empresas têm melhor acesso aos dados e recursos de processamento. Sensores na Internet das Coisas (IoT) significam que os dados podem ser rastreados em todas as etapas da criação, fabricação e entrega do produto. Por meio da computação em nuvem, os dados podem ser armazenados, processados e consultados de praticamente qualquer lugar. Os smartphonespermitem que os gerentes visualizem essas informações do chão de fábrica. O aprendizado de máquina (machine learning) automatiza tarefas de maneira inteligente, como identificar e corrigir uma falha de produto no meio da produção. Gêmeos digitais – protótipos de produtos e serviços – destacam tanto a eficiência do processo quanto os possíveis pontos de falha antes que uma empresa gaste muito tempo e dinheiro com isso. 

Os ativos de dados formam os principais processos de otimização, qualidade e fluxo de transações, idealmente em tempo real.

Essas habilidades técnicas mais recentes contribuíram para aumentar os requisitos do consumidor por informações sob demanda em um só lugar. Os usuários querem ver todas as informações e saber quais ações tomar imediatamente. Considere o termostato Nest (caso que cito no meu livro). Os proprietários podem aumentar ou diminuir o calor do trabalho ou no carro. Se alguém deseja otimizar sua conta de serviços públicos, pode visualizar o histórico de uso e fazer ajustes. Melhor ainda, o dispositivo aprende as preferências do termostato e pode diminuir a temperatura quando o usuário não está em casa. Essa funcionalidade compõe apenas o começo da Indústria 4.0.

Imagine este cenário: tanto o cliente quanto a concessionária, devido aos avanços na conectividade, veem o mesmo histórico de termostatos, por exemplo, por meio da virtualização de dados. A empresa de serviços públicos e o consumidor, com algumas análises aumentadas, veem padrões no uso reduzido de energia e desenvolvem modelos de dados. A concessionária passa a desenvolver algoritmos de aprendizado de máquina que leem esses modelos de dados e reduzem automaticamente a conta de aquecimento do consumidor. Desenvolvedores de software, analistas, representantes de clientes e funcionários de garantia de qualidade verificam essas programações quanto a quaisquer anomalias e verificam a qualidade dos dados e o aplicativo. O pagamento pode muito bem ser determinado, ajustado e acontecer em tempo real, conforme o calor flui pela casa. O dinheiro seria retirado da conta do consumidor todos os dias para pagar pelo calor, em vez de mensalmente.

Pense em solucionar problemas de aquecimento por semana, dia ou hora. Como o consumidor e a concessionária têm acesso ao mesmo histórico do termostato, um cliente pode questionar a qualidade da informação ou a análise da concessionária em minutos. Digamos que a empresa se conecte ao termostato e, por meio de uma combinação de intervenções humanas, automatizadas e de aprendizado de máquina, usando dados, encontre uma peça desgastada. O termostato compensa os cálculos de temperatura, corrigindo o problema, sem a necessidade de envio de técnico ou representante. Algoritmos ajustam automaticamente a conta do cliente. Enquanto isso, as fábricas que fabricam termostatos e distribuidores Nest, localizadas em todo o mundo, obtêm essas informações e corrigem a falha do termostato na hora. Bastante mudança de ritmo.

O exemplo do termostato Nest mostra como o início da Indústria 4.0 já mudou o mercado de energia e deu uma direção aproximada de onde o negócio de energia pode ser direcionado, com pagamentos, fornecimento, demanda e solução de problemas mais rápidos e eficientes. Sim, os detalhes sobre o caminho da Indústria 4.0 permanecem desconhecidos; no entanto, os líderes podem ver que isso significa uma grande transformação na estratégia de negócios, soluções de tecnologia e cultura organizacional, além da estratégia de dados. Tudo isso alimentado por dados compartilhados de negócios e consumidores.

Desafios adiante

A rapidez com que a Indústria 4.0 se concretiza depende da rapidez com que as empresas enfrentam os desafios de dados

As empresas precisam de uma base de dados sólida em toda a empresa e os meios para construir e manter essa estrutura.

Bettina Tratz-Ryan, vice-presidente de pesquisa do Gartner, comentou que os CIOs na Alemanha, Áustria e Suíça (região DACH) carecem de recursos de TI e negócios para migrar para a Indústria 4.0. Esses problemas se intensificam, disse Gary Bloom, da Forbes, quando “as empresas têm uma mistura de bancos de dados e sistemas de software de aquisições”.

cibersegurança, relacionada a ter boas conexões e bases de dados, também será um grande obstáculo para a adoção da Indústria 4.0. Para começar, a qualidade dos dados é questionada quando um hacker injeta dados ruins no sistema. Em segundo lugar, os dados podem não estar em conformidade devido a vazamentos não intencionais, vulnerabilidades e acesso não autorizado. Finalmente, a Indústria 4.0 conta com menos intervenção humana e processamento mais automatizado por máquinas inteligentes. Mas as máquinas podem ser enganadas para armazenar, processar e/ou usar conjuntos de dadosincorretos mais facilmente do que os humanos. Sem atenção aos riscos de segurança cibernética, essas falhas podem aparecer mais tarde no processo de fabricação e distribuição, reduzindo a receita e a reputação da empresa.

Além da segurança cibernética, as pessoas e as culturas de trabalho se tornarão essenciais para o progresso da Indústria 4.0. De acordo com o professor John Van Maanen, da MIT Sloan School, a transformação da Indústria 4.0 depende de 20% da tecnologia e 80% de como as pessoas trabalham juntas.

O Fórum Econômico Mundial prevê uma substituição mais automatizada para tarefas rotineiras e repetitivas. Por exemplo, as máquinas podem lidar com o processamento típico de faturas e pagamento de contas. As empresas precisarão de trabalhadores com novos recursos analíticos e matemáticos para observar padrões e anomalias digitais. A capacitação de dados se tornará muito importante para ajudar os trabalhadores a se adaptarem à Indústria 4.0 “por meio da alfabetização de dados, tecnologia amigável e uma cultura de dados em toda a empresa”. As empresas precisarão resolver a propriedade e a responsabilidade dos trabalhadores em relação aos dados da empresa, especialmente onde os funcionários têm prioridades conflitantes.

Conclusão

Os dados continuarão a conduzir a Indústria 4.0 para uma nova mentalidade de negócios. 

Essa transformação está em andamento e continuará a crescer. Formar uma base sólida de dados com uma estratégia de dados firme será fundamental para impulsionar a Indústria 4.0 e valerá a pena, como mostram inúmeros estudos de casos, inclusive projetos nos quais a Gholias Tecnologia tem alcançado para os nossos clientes. Enquanto isso, pense digital “Digital First Thinking”, comece pequeno com a Indústria 4.0, aprenda e amplie a partir daí com o que deu certo. 

Como parte do nosso propósito de elevar a produtividade e sustentabilidade da indústria através de dados, estamos sendo precursores e levando para a indústria nacional nossos #workshops e #eventos nos quais estão atrelados a ajudarmos a indústria na jornada 4.0 “Do analógico para o Digital”, como mostra o framework de mentoria que elaboramos, a seguir:

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Fonte: Roger Medke (mentoria TD na Indústria)

A Indústria 4.0 não acontecerá da noite para o dia, mas as empresas podem estabelecer as bases e estar prontas para quando ela acelerar. Contem conosco na Gholias Tecnologia Industrial Tecnologia e Grupo Alltech, teremos o maior prazer em atendê-lo e ser o parceiro ideal para a sua jornada de dados da indústria.

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